quarta-feira, 29 de julho de 2009

Costanza Pascolato

Uma inspiração para todas nós.. vou falar um pouco sobre um grande exemplo de Mulher que consegue em qualquer ocasião estar linda, atualizada e principalmente elegante. A integrante da academia Brasileira de Moda: Costanza Pascolato.

Costanza Maria Teresa Ida Clotilde Pallavicini Pascolato nasceu na Itália, em 1939, "numa família de gente inteligente, educada e interessante", cercada de gente igualmente instigante. Um de seus companheiros de brincadeira era o atual rei da Espanha, Juan Carlos. Com os pais, o irmão e a babá suíça, cruzou o oceano em 1945 e fixou residência em São Paulo. Foi uma adolescente curiosa, que lia todos os livros não recomendados para sua idade, apreciou a arte, apaixonou-se pelo cinema, chegou a ser convidada para fazer um teste em Hollywood, mas não sabe se foi a sério ou uma cantada e, claro, sempre gostou de se vestir bem.

"– Minha mãe é assim, papai era assim, vestia colete para não ficar em mangas de camisa em casa, no verão. Talvez eu tenha herdado isso, um certo formalismo na hora de me vestir. Mas também é uma aventura – conta."

Sua história com a moda começou por intermédio de seu pai que fundou a fábrica de tecidos Santa Constancia, hoje comandada por ela.

Tem várias visões sobre a vida e acredita que todos nós temos um estilo único. Colunista da Vogue Brasil, é mais que um ícone da moda.


Já lançou três livros que foram e ainda são um sucesso:
Seu primeiro: "O Essencial"

O Segundo: "Como ser uma modelo de sucesso"

Último lançado: "Confidencial – Segredos de Moda, Estilo e Bem-Viver" que mescla reflexões e histórias de Costanza, sua recusa a plásticas, a superação de um câncer de mama, o fato de ter desistido de namorar e dicas e análises sobre moda e estilo. Mas o que se sobressai é a figura de Costanza em todo seu glamour e toda a sua simplicidade como mulher, mãe e avó. Sessões diárias de pilates para manter a forma, o gosto por viajar, o trabalho duro. Alguém que, como ela escreveu, tem uma constância na vida que a faz merecedora do próprio nome.

Há um bom tempo, ela deu uma entrevista para a Revista ISTOÉ Gente, contando um pouco da sua caminhada pela vida.

Constanza fala de sua sua história e também dá várias dicas que ao nosso ver são extremamente um luxxxooooo!

Aqui vai algumas partes da entrevista, confiram! ;)


''Luxo é misturar coisas caras e baratas''
A consultora de moda diz que hoje é mais importante parecer jovem do que rica, afirma ser possível se vestir bem com pouco dinheiro e, após três casamentos, prefere estar solteira.


Qual é o grande luxo hoje em dia?
É se tratar e parecer jovem. Esse deve ser o maior investimento da mulher, porque é o que conta, o resto é acessório. A partir daí você deve começar a colecionar coisas que lhe fiquem bem. Eu acho hoje que é melhor ir a uma festa com uma roupa mais velha com que eu me sinta bem e investir mais nos acessórios colocando-os de uma forma especial, que vai ter a minha cara, o meu jeito. Eu não deveria nem falar isso porque vendo tecidos (risos).

O que se usa hoje?
Hoje o luxo é misturar uma coisa cara, um Prada, um Armani, com peças bem-humoradas e baratas de brechó, da C&A, das feiras. Isso é que dá o tom pessoal, o jeito diferente sobre o qual eu estava falando. Hoje conta mais o seu desejo de criar uma maneira diferente de ser do que propriamente desfilar por aí só com roupas de grife.


Quer dizer que é possível fazer bonito usando coisas baratas?
As lojas mais populares, como C&A, Riachuelo, Renner e outras, estão todas com moda mesmo, não é mais roupa. A verdade é que hoje você pode se vestir dentro da moda, bonitinha e graciosa, com coisas bem acessíveis. Isso é muito democrático e está acontecendo no mundo inteiro.

O que se usa nas ruas está bonito, na sua opinião?
Eu aconselho as pessoas a se olharem mais no espelho. Vejo cada coisa!! Usam calças justas demais, de tal forma que as que têm o manequim 2 ou 200 usam o mesmo número. Não dá! É uma coisa exagerada isso que existe aqui no Brasil. Se elas soubessem como sofreriam menos e como ficariam mais bem vestidas com números um pouquinho maiores! Eu acho que elas devem ficar exaustas quando chega o fim do dia (risos).

Qual é a diferença entre as brasileiras e as estrangeiras?
É uma coisa quase impossível de explicar. Acho que aqui no Brasil as mulheres têm mais intimidade com o calor. Usam decotes que uma estrangeira ficaria toda atrapalhada para se mexer, e fazem isso com muita naturalidade! É provocante porque é bonito, não é vulgar. Eu acho que as brasileiras conseguem vestir coisas que em outras mulheres do mundo seriam vulgares, não pela roupa em si, mas pela atitude. E hoje a história da atitude não pode ser desligada da roupa de jeito nenhum.


Como assim?
Cada vez usa-se menos roupa. Imagine uma mulher nos anos 1950, o mesmo clima, mesmo país, só que naquela época elas usavam chapéu, luvinhas e saias rodadas, isso sem falar que no século anterior elas andavam de veludo no Rio de Janeiro. Hoje não. A roupa cobre apenas o corpo, usa-se menos pano, porque na verdade o que vale é a atitude, o corpo bem tratado. Hoje é mais importante você parecer jovem e bem tratada do que parecer rica.


Mas você considera a brasileira elegante?
Eu não sei bem o que é uma elegância, mas as brasileiras fazem sucesso no mundo inteiro porque têm bossa, têm ginga e são hiperfemininas. Essa coisa da feminilidade, que eu não sei explicar em quatro palavras, é fundamental no comportamento, no jeito que se mexe, no gesto, no sorriso.

Isso reflete nas modelos que o Brasil está exportando?
Claro. Não é difícil perceber quem é a brasileira quando estão todas juntas numa agência à espera de um teste ou mesmo no backstage dos desfiles de moda. São todas lindas de morrer mas você vê a diferença. A européia, especialmente a do leste europeu, tem um olhar triste, e as demais são quietas. A brasileira, ao contrário, é animada, brinca, puxa conversa, faz graça, faz poses, caras e bocas e descontrai o ambiente. São mesmo encantadoras.

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